Platão
Platão era um aristrocrata grego, nascido em 427 ac e falecido em 348 ac.
Se tornou discípulo de Sócrates, mas ao contrário deste, deixa extensa obra escrita. Sócrates aparece na obra de Platão como “personagem”, mas de fato existiu.
A República de Platão
A República é uma série de diálogos conduzidos por Sócrates que investiga e trata da Justiça, usando como meio para isto a proposição de uma República ideal.
essa República existiriam 3 classes de cidadãos: Os Magistrados, os soldados e os produtores. A República então propõe o sistema educacional dos Magistrados, educando-os para serem homens virtuosos. Eles deveriam, então, cultivar 4 virtudes principais: Piedade, Valentia, Temperança, Justiça.
O Livro II discute como as divindades deveriam ser apresentadas aos Magistrados em formação. Segundo Platão, deveriam ser apresentados de maneira austera. No Livro III é discutido o papel da poesia na educação, já que esta possui muita força.
Platão apresenta o problema de que nem tudo o que o poeta “fala” na poesia é verdadeiro, o que é um problema para se educar homens virtuosos.
Uma das virtudes é a coragem, e o magistrado deve ser um homem livre, portanto não deve temer a morte. Deve escolher morrer à ser escravo.
Porém os poemas apresentam descrições horríveis da morte e do pós morte.
Após isso o diálogo prossegue apontando o que existe na poesia que não deve ser dito:
- Não descrever a morte e o Hades
- Evitar mostrar heróis se lamentando
- Não mostrar heróis e deuses gargalhando (devem ser homens austeros)
- Não mostrar guerreiros sendo recompensados pelos seus atos, para não estimular a ambição e a ganância.
- Heróis e deuses não devem ser retratados praticando atos ímpios
Os poetas narram acontecimentos, e a maneira de narrar se dividem, segundo PLatão, em:
- narrativa (discurso indireto)
- imitação (discurso direto)
- mista
Poesia como imitação – visão negativa da poesia em Platão Para Platão a imitação é negativa (mesmo embora a República seja uma imitação). Ele alega que uma pessoa só consegue conhecer bem a sua própria profissão e outras coisas não sabe fazer bem, portanto é impossível se imitar com fidelidade. Além disso, ele alega, a imitação contínua afeta o caráter do imitador, então ele proibe o homem de caráter elevado de imitar pessoas vis.
Então a princípio deveria ser admitido somente a narrativa e o modo misto. Porém, no livro X, ele acaba por concluir que toda a poesia é imitação, poi imitação, estando dois graus longe da verdade. Assim, ele expulsa o Poeta da República ideal.
O único discurso que deve ser mantido é aquele que leva à verdade, a filosofia. A retórica é considerada maquiagem e também é banida.
s ela reflete o mundo sensível, que é, por sua vez, reflexo do mundo das idéias. Portanto é imitação da
Quem vai fazer a defesa da poesia é o discípulo de Platão, Aristóteles, na “Poetica”.
Aristóteles
A Poética de Aristóteles
não é um texto acabado e sim notas soltas usadas como lembretes de aula. Além disso, boa parte foi perdida. Aristóteles diz que a poesia (arte) é imitação em a classifica conforme 3 aspectos:
- Meios da imitação
- Objetos da imitação
- Modo da imitação
Exemplos:
- Aulética (flauta) – ritmo/harmonia
- Citarística (cítara) – ritmo/harmonia
- Seríngica – ritmo/harmonia
- Dança – ritmo
- Epopéia – linguagem
Capítulo II da Poética – Classificação segundo o objeto imitado A “literatura” imita ações de homens piores, iguais ou melhores do que nós.
- Piores – Comédia
- Iguais – ?
- Melhores – Epopéia/tragédia
- Narrativo: Epopéia
- Dramático: tragédia/comédia